Oi... Faz tempo que não escrevo nada. Tomei algumas decisões, o tempo anda corrido, e hoje, como um ursinho de pelúcia que gosto de abraçar quando não estou bem resolvi vir, como um desabafo e não um post habitual de pensamentos livres. E não me pergunte o porque eu escrevo aqui, não saberia responder. Já conversei com alguns amigos queridos hoje, mas, lembrei do blog também!
Eu queria entender certas coisas. Gostaria de entender o motivo de algumas pessoas não conseguirem falar o que realmente pensa, poderia soar grosso, antiquado, bobo, pesado demais... Mas, verdadeiro. Muito mais fácil de resolver, e vem com uma etiqueta de alerta: Vai doer. Mas vai doer uma única vez. Como um golpe necessário talvez!
Já passei por algumas coisas, não digo muito, que não tenho lá idade e nem sabedoria para dizer isso.
Se sente alguma coisa, diga, que a partir daí é mais fácil tomar alguma decisão, ou seguir um caminho. Se não quer algo, é melhor dizer, para não ter que suportar sem necessidade alguma. E por aí vai.
Já tentei obscurecer vários pensamentos de mim mesma. De alguém ou alguma coisa que tenha acontecido, e incrível que quando eu disse o que pensei em realidade, ou fui rotulada como insensível ou simplesmente a outra parte não acreditou que pudesse ser verdade.
Bom... Para descrever melhor, deixo aqui, um poema de Drummond, fantástico sobre A Verdade!
Verdade
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
Carlos Drummond de Andrade